Transtorno obsessivo compulsivo
O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) caracteriza-se por dois tipos de manifestações: as obsessões ou idéias obsessivas e as compulsões ou rituais compulsivos.
Por Fernando Meinberg Mauad dia em Tratamentos
Quem já assistiu ao filme “Melhor é Impossível”, com o ator Jack Nicholson, tem uma idéia de como funciona o transtorno obsessivo compulsivo, conhecido também como TOC. Na trama, o personagem principal sofria com essa doença e vivia de uma forma repetitiva e restrita. Na vida real, as coisas não são muito diferentes.
Este transtorno que acomete em torno de 2% da população, é caracterizado pela presença de obsessões e compulsões e por causar importante impacto na vida da pessoa acometida. Obsessões são pensamentos, imagens ou impulsos recorrentes, inapropriados e incômodos, enquanto as compulsões são comportamentos ou ações mentais repetitivas que o indivíduo empreende em resposta às obsessões, com o objetivo de reduzir a ansiedade. Os conteúdos das obsessões geralmente são de contaminação, morte, doença, agressividade, religiosidade e sexualidade. Já as compulsões mais comuns são de verificação, limpeza, simetria, organização, contagem e colecionismo.
O TOC faz parte de um grupo chamado de transtornos do espectro obsessivo compulsivo, composto também por outros diagnósticos, como o transtorno dismórfico corporal (TDC), que se caracteriza por uma percepção distorcida da imagem corporal associada a preocupação excessiva com um irreal ou mínimo defeito do corpo. A vigorexia, também conhecida como transtorno dismórfico muscular (TDM), acontece quando os indivíduos acometidos desenvolvem essa preocupação patológica com sua musculatura. Pessoas com esses transtornos podem adotar comportamentos como checar sua imagem excessivamente no espelho, camuflar repetidamente o defeito imaginado com maquiagem, cosméticos, roupas e até mesmo buscar indevidamente o uso anabolizantes, procedimentos estéticos e cirúrgicos, na tentativa de eliminar o incômodo vivenciado.
Para todos os quadros citados acima, a busca por um psiquiatra capacitado é de extrema importância. O tratamento proposto, diante da verificação destes diagnósticos, habitualmente se baseia em abordagem farmacológica e psicoterapêutica.